Lúcifer, o mais belo e perfeito dos anjos. Iludido pela sua perfeição, rebelou-se e quis usurpar o trono de Deus. Fui expulso e exilado por se recusar a servir a Deus e consequentemente à sua criação, o homem. Caiu. E com ele as suas hostes corrompidas de orgulho e pecado. Ele era a luz e essa luz fora levada para o submundo.
Arfava, cansado. O ar frio, a neve e a sombra da floresta agonizavam-lhe a respiração. Não obstante, regozijava. Conseguia ver o enorme sol a amanhecer diante dele e a alumiar todas as terras das gentes pequenas. Dava-se feliz por estar circundado daquelas montanhas arrepiantes, pareciam proteger aquela gente inocente de todo o mundo à volta. Aquele mundo do qual apenas tinham uma vaga ideia muito aconchegada à das histórias adulteradas dos mercadores que lá passavam. Diziam que havia um homem, um rei, um déspota, que queria unificar todo o mundo num só reino. Ao que parece, aquilo que começara como uma utopia de um homem esclarecido e sábio, estava a tornar-se numa carnificina global.
Por onde passava trazia choro, sangue e putrefacção. Violavam, pilhavam, saqueavam, matavam, e regozijavam-se naquele banho de sangue. A cor vermelha e o gritos de horror pareciam despertar todo o ódio e loucura nos soldados. Tornaram-se criaturas sedentas de sangue, que não podiam largar o vício. Para as jornadas mais longas, quando a sede da batalha começa a secar, levavam prisioneiros, para os poderem mutilar e chacinar num acto masturbatório.
As hostes moviam-se sob quatro estandartes: Um, o da cavalaria regia-se pela máxima "veni, vidi, vici", bem visível num pano branco que ondulava orgulhosamente no vento. Outro, o da infantaria pesada, espadachins experientes, besteiros e outros que tais, regia-se por um estandarte vermelho com duas espadas curzadas. Dizia-se que nas suas veias corria sangue de espartanos. O terceiro, trazia com ele a peste. Pouco sabiam de guerra e de armas aqueles covardes, mas queimavam, violavam e destruiam tudo quanto viam, não conquistavam, mas espalhavam o desespero e a discórdia. E havia o quarto e último. Todos pareciam temer perante ele. Não trazia um estandarte, apenas um tridente com três cabeças putrefactas espetadas. Aquele exército fedia a morte, eram criaturas que já tinham esquecido o que era viver. Matavam maquinalmente e espalhavam o terror. Não tinham nome nem história. Nunca existiram nem nunca hão de existir, eram simplesmente, a morte.
No dia seguinte, o sol surgiu vermelho, por detrás da montanha. As hostes haviam chegado àquele lugar remoto. O que era verde secou, os rios cristalinos ficaram vermelhos. A neve derreteu coberta pelo fumo. Os homens daquela harmoniosa terra, no desespero e no terror, pareceram ter perdido a alma e o discernimento. Matavam-se por fatias de pão, possuiam as mulheres uns dos outros, e parecia haver um novo chefe a cada 5 minutos tal era o desejo de poder e a presunção.
O Homem quis ser Deus, e possuir-se a si mesmo. Perdeu a alma e a essência. O homem é pequeno e deve resignar-se. O desejo de não desejar por tudo possuir é pecaminoso Ame-se, viva-se, libertem-se aos prazeres da carne e do sangue. Aquilo que nos alumia e faz viver, nada mais é senão a luz do desejo. O Homem que sonhe e que deseje, mas que não se torne mestre dos seus sonhos. Somos luz e escuridão. Aquele que ouse chegar à luz cega-se e fica para sempre preso na escuridão. Não há nada que nos corrompa, nem que acelere o nosso fim senão aquilo que está em nós. No entanto, enquanto não o conhecermos, poupamos essa agonia e continuamos a temer aquilo que não existe. Perder o medo é morrer, morrer é ter medo.
Arfava, cansado. O ar frio, a neve e a sombra da floresta agonizavam-lhe a respiração. Não obstante, regozijava. Conseguia ver o enorme sol a amanhecer diante dele e a alumiar todas as terras das gentes pequenas. Dava-se feliz por estar circundado daquelas montanhas arrepiantes, pareciam proteger aquela gente inocente de todo o mundo à volta. Aquele mundo do qual apenas tinham uma vaga ideia muito aconchegada à das histórias adulteradas dos mercadores que lá passavam. Diziam que havia um homem, um rei, um déspota, que queria unificar todo o mundo num só reino. Ao que parece, aquilo que começara como uma utopia de um homem esclarecido e sábio, estava a tornar-se numa carnificina global.
Por onde passava trazia choro, sangue e putrefacção. Violavam, pilhavam, saqueavam, matavam, e regozijavam-se naquele banho de sangue. A cor vermelha e o gritos de horror pareciam despertar todo o ódio e loucura nos soldados. Tornaram-se criaturas sedentas de sangue, que não podiam largar o vício. Para as jornadas mais longas, quando a sede da batalha começa a secar, levavam prisioneiros, para os poderem mutilar e chacinar num acto masturbatório.
As hostes moviam-se sob quatro estandartes: Um, o da cavalaria regia-se pela máxima "veni, vidi, vici", bem visível num pano branco que ondulava orgulhosamente no vento. Outro, o da infantaria pesada, espadachins experientes, besteiros e outros que tais, regia-se por um estandarte vermelho com duas espadas curzadas. Dizia-se que nas suas veias corria sangue de espartanos. O terceiro, trazia com ele a peste. Pouco sabiam de guerra e de armas aqueles covardes, mas queimavam, violavam e destruiam tudo quanto viam, não conquistavam, mas espalhavam o desespero e a discórdia. E havia o quarto e último. Todos pareciam temer perante ele. Não trazia um estandarte, apenas um tridente com três cabeças putrefactas espetadas. Aquele exército fedia a morte, eram criaturas que já tinham esquecido o que era viver. Matavam maquinalmente e espalhavam o terror. Não tinham nome nem história. Nunca existiram nem nunca hão de existir, eram simplesmente, a morte.
No dia seguinte, o sol surgiu vermelho, por detrás da montanha. As hostes haviam chegado àquele lugar remoto. O que era verde secou, os rios cristalinos ficaram vermelhos. A neve derreteu coberta pelo fumo. Os homens daquela harmoniosa terra, no desespero e no terror, pareceram ter perdido a alma e o discernimento. Matavam-se por fatias de pão, possuiam as mulheres uns dos outros, e parecia haver um novo chefe a cada 5 minutos tal era o desejo de poder e a presunção.
O Homem quis ser Deus, e possuir-se a si mesmo. Perdeu a alma e a essência. O homem é pequeno e deve resignar-se. O desejo de não desejar por tudo possuir é pecaminoso Ame-se, viva-se, libertem-se aos prazeres da carne e do sangue. Aquilo que nos alumia e faz viver, nada mais é senão a luz do desejo. O Homem que sonhe e que deseje, mas que não se torne mestre dos seus sonhos. Somos luz e escuridão. Aquele que ouse chegar à luz cega-se e fica para sempre preso na escuridão. Não há nada que nos corrompa, nem que acelere o nosso fim senão aquilo que está em nós. No entanto, enquanto não o conhecermos, poupamos essa agonia e continuamos a temer aquilo que não existe. Perder o medo é morrer, morrer é ter medo.
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