À espiral do tempo,
não se lhe avista o fim.
não estica nem encolhe,
não torce nem roda,
apenas fluí.
O presente cai no abismo,
e o passado, já está caído
e esquecido
no mais ínfimo ponto
que tão pouco se diferencia
de coisa nenhuma.
Acorrentado e arrastado,
lá há de ir o futuro,
que quando for presente,
se há de erguer e andar.
E quando for passado,
que tão bem se deixa levar,
escorrerá lá para o furo,
que não se vê mas se sente,
o do vazio absoluto
e do nada supremo.
Morre, corre, escorre,
esguio foge e guia
o nada, para a vida.
Renasce das cinzas.
Da entropia do vórtice,
para a calma do plano,
espaço e tempo explodem,
matando, ceifando, engolindo,
a espiral, o nada, o abismo.
Eternidade, porque esperas?
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