Ruídos e mais ruídos, a entrarem, encavalintado-se uns nos outros reclamando um lugar, apenas querem ser ouvidos. E no entanto, por serem tantos e tão indistintos, nada passam de interferência. Apenas aqueles que lá estavam, já de muito tempo, prevalecem e continuam a ser ouvidos ditando uma qualquer-coisa-cracia que insiste em comandar o sujeito. Não é o silêncio que incomoda, são os ruídos demasiado ténues para se distinguirem quer do som quer do silêncio, as malditas indefinições.
E porém, por entre os ruídos nocturnos, parece ouvir-se uma orquestra silênciosa de medo, que nos invade e nos cobre de angústia. Queremos tanto ouvir, um estalido, um abrir duma porta, um ligar duma luz, algo que nos distraia e acalme e mande os malditos ruídos embora. No entanto, a adrenalina palpitante da estática cresce, e já não a conseguimos largar, viciamos no medo, na angústia. Mais do que queremos a calma queremos deseja-la, quer venha ou não...
E porém, por entre os ruídos nocturnos, parece ouvir-se uma orquestra silênciosa de medo, que nos invade e nos cobre de angústia. Queremos tanto ouvir, um estalido, um abrir duma porta, um ligar duma luz, algo que nos distraia e acalme e mande os malditos ruídos embora. No entanto, a adrenalina palpitante da estática cresce, e já não a conseguimos largar, viciamos no medo, na angústia. Mais do que queremos a calma queremos deseja-la, quer venha ou não...
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