segunda-feira, 8 de junho de 2009

Ode à dinastia.

Chegou ao fim o seu reinado, glorioso, a época dourada do reino. Encheram de orgulho todos os seus súbditos e superiores, proporcional à sua glória só mesmo o seu ego, aquilo que fizeram é notório, e talvez por isso os outros apenas notaram de olhos arregalados, felizes, mas quietos, à espera que a situação fosse eterna. Agora que os paladinos abandonaram o povo, o povo fica desamparado como sempre ficou e ficará, à espera da chegada de alguém novo que os comande e entretenha. O exílio dos velhos traz o reinado dos novos, que legitimamente hão de usurpar o trono daqueles que tanto admiravam, e cobiçavam, estão agora no topo, regozijando-se do seu título, mas não sabiam eles quando estavam lá em baixo, que chegando ao cimo da torre teriam vertigens. Terão de começar do zero, pois o ego dos seus anteriores não lhes permitira transmitir o legado, era deles e só deles, e mais ninguém era digno. Pois que agora o reino se encontra numa anarquia apática, em que ninguém se interessa pela glória, pela realização de algo, mas apenas pelo cumprimento de dever. Comandar é uma obrigação que será feita com o mínimo entusiasmo, pois não são lideres, mas soldados rasos, à espera de iluminação, os que estão no poder.

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