quarta-feira, 27 de maio de 2009

no-exit

Sem saída, vemo-nos pressionados por todos os lados todos os dias a toda a hora, temos de ceder à pressão se queremos sobreviver, no entanto não a podemos deixar esmagar, senão deixamos de existir. Temos de pertencer, temos de coagir com a pressão social, não podemos de deixar de ser aquilo que somos, seres comunitários, e no entanto queremos também deixar claro que somos um individuo e não uma célula, somos independentes, únicos, e portanto queremos ser diferentes, queremos afirmarmo-nos, precisamos de ser melhores que os outros, e ao mesmo tempo precisamos de ser como eles. Sem eles não vivemos, não existimos, somos seres sociais, e no entanto, a igualdade é repugnante, clones a caminharem sob o mesmo estandarte social, a caminhar para o vazio de mente vazia. Mas no fundo, é isso a sobrevivência, precisamos da sociedade, só evoluimos por nos associarmos em grupo. E no entanto as ideias surgem só no individuo, a partilha delas cria o progresso, e ao mesmo tempo a contorvérsia, torna-se um marginal social, desobdeceu a uma norma. Talvez se afirme, talvez tenha razão, mas o que interessa no fim? Ele não passa de uma célula que não se conforma, que ou é eliminada, ou é convertida. No entanto é necessária a revolta, é necessária a diferença, é necessária acima de tudo a identidade.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Entropia

Caminhamos para o fim, para a aniquilação da espécie, porém, inconscientes perdemo-nos em devaneios se essa perda será valerosa ou não, para quem? Temos a tendência de criar divindades, entidades exteriores, etc. para o nosso conforto, afinal é muito mais fácil existir se essa responsabilidade não for nossa. Mas não existe nada senão o individuo, o individuo é dono de si e da sua vontade, comanda as suas acções, e por conseguinte os seus efeitos, no entanto, somos demasiado complexos para nos reduzirmos a isso, um individuo pode ser um grupo, e quanto maior esse individuo, mair a sua influência e as repercussões das nossas acções, temos um fim, sabemos, no entanto, combatemos ingloriamente esse fim, queremos a imortalidade e no entanto não a conhecemos. Talvez os mesmos devaneios em que nos sobrevalorizamos e em que criamos entidades para tomar conta de nós, nos façam também crer que o fim é evitável, que a morte do ser colectivo que é a humanidade é evitável, no entanto, quanto mais nos apróximamos da resposta mais apodrecemos por dentro, mais nos perdemos dentro de nós, o individuo, a raça humana, não é coesa nem equilibrada, o elitismo faz com que apenas alguns se salvem, temos a tendencia para hierarquizar as coisas, há sempre um melhor e um pior, a nossa racionalidade torna-nos irracionais pois confere-nos subjectividade e poder. Temos assim o poder para nos distinguirmos, para nos segregarmos, para nos considerarmos superiores, e é o que se sucede, todos temos a tendencia de ao mesmo tempo nos tornar o melhor e o pior, somos o exemplo, pois procuramos sempre alguem como nós, e no entanto, somos a podridão a fonte interminável de defeitos, pelo que o real não é perfeito, mas sim caótico. Nada no universo se repete efectivamente, nem o movimento de um electrão é predictivem, nem o de um planeta, nem o do universo, queremos organizar o universo, estruturá-lo, sistematiza-lo e no entanto todo ele é feito de caos, nascemos do caos e morreremos no caos, a impresibilidade torna-nos o conhecimento supremo impossível e ao mesmo tempo aumenta-nos o conhecimento pois há sempre algo novo a acontecer na mecanica issistemática do universo. Aproximamo-nos do fim, aproximamo-nos da resposta, e no entanto não chegamos lá, não é suposto chegarmos, ela não existe, é caos.